Google é um spyware?


Texto de Alexandre Fugita

Faz tempo que quero escrever este texto. Mas sempre achei que seria um pouco exagerado comparar a Google com um spyware. Mas a matéria que saiu na capa da The Economist essa semana me convenceu de que deveria escrever este texto. Muitos afirmam que o Google é o Grande Irmão, por vigiar todos nossos passos. Ou ainda o Oráculo, por saber a resposta para tudo. Ou ainda o Google seria a nova Microsoft, que todos adoravam antigamente mas acabou virando “inimiga”. De todas as teorias malucas, prefiro dizer que está mais para um spyware que todos concordam em usar.

Google vs. Spyware

Um spyware analisa os seus passos na web e manda para um servidor central. O Google analisa seus passos na web e manda para um servidor central. Um spyware usa as informações obtidas com essa vigilância para vender anúncios ou determinar comportamentos. O Google usa as informações obtidas com essa vigilância para vender anúncios ou determinar comportamentos. Um spyware…

Diferença fundamental

Bom, a forma das duas entidades em agir é aproximadamente a mesma. A única diferença é que um spyware está lá sem nosso consentimento enquanto o Google faz exatamente a mesma coisa só que com a nossa ciência dos fatos. No final o objetivo é determinar padrões para ganhar dinheiro. Essa é uma diferença fundamental. Nós concordamos com essa vigilância do Google. Além disso, o Google não vende os dados para terceiros, algo que é nato nos spywares.

Na essência, todo o poder da Google está exatamente em toda essa informação que obtém de nós. Sem isso não teria como vender anúncios direcionados que é a base de toda a sua receita. Talvez o Google seja, na verdade, a evolução do spyware, um CRM consentido de milhões de pessoas.

fonte: techbits
Texto de Alexandre Fugita

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